Os verbos impessoais, como o próprio nome diz, não possuem sujeito. Eles são a base das orações sem sujeito e são considerados verbos defectivos, isto é, verbos que NÃO são conjugados em todas as formas previstas pelo paradigma, como os verbos abolir, precaver, chover, entre outros.
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Exemplos de verbos impessoais:
→ Verbo “haver” no sentido de “existir”:
Note que NÃO há concordância nominal, ou seja, o verbo “haver” permanece no singular, já que é impessoal e, por isso, NÃO tem sujeito com quem concorde. É por esse motivo também que NÃO é possível flexioná-lo para o plural. Observe:
→ Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Os verbos que exprimem os fenômenos da natureza apresentam apenas as formas da 3º pessoa do singular.
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Chover: Choveu muito à tarde.
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Relampejar: Relampejou a noite toda.
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Trovejar: Se não parar de trovejar, os cachorros não pararão de latir.
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Ventar: Aqui podia ventar um pouco mais.
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Nevar: Neva desde as cinco da madrugada.
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Gear: Geou muito de manhã, por isso, não fui à escola.
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Amanhecer: Amanheceu muito frio hoje.
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Alvorecer: Está demorando muito para alvorecer esses dias.
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Anoitecer: No litoral anoitece mais cedo.
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Escurecer: Quando escurecer, volte para casa.
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Estar e fazer (meteorologia): Faz uns sete graus nessa época lá.
→ Verbos que indicam tempo:
Ser (indicando data, hora, distância)
Fazer (tempo):
Note que, da mesma forma do verbo haver, o verbo fazer, nesse sentido, é impessoal e NÃO deve ser flexionado para o plural (“Fazem muitos anos...”).
→ Locuções verbais (verbo auxiliar acompanha o principal):
É relevante ressaltarmos que o verbo “existir” NÃO é impessoal e, portanto, é conjugado normalmente em concordância com o sujeito:
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Existem muitas crianças com este problema.
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Existem muitos motivos para eu estar feliz hoje.
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Existe uma cidade no interior de Minas Gerais que ainda fabrica essa peça.
Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo