As articulações da língua se dividem em primeira articulação e segunda articulação. Falar sobre elas significa enfatizar acerca de como se realiza o processo de comunicação por meio do qual interagimos socialmente.
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Ao expressarmos nossas ideias, fazemos uso de combinações de palavras, as quais se associam ao que chamamos de signos linguísticos. Esses signos, por sua vez, são constituídos do significante e do significado, sendo este relacionado à imagem psíquica que automaticamente se forma; e aquele relacionado à parte material, ou seja, formado pela representação gráfica. Nesse sentido, ao pensarmos na palavra “casa”, formamos em nossa mente uma imagem ligada à habitação, moradia = significado. Uma imagem sonora também é processada em nosso cérebro, representada foneticamente por /c/a/z/a.
Assim, ao construirmos nosso discurso, relacionamos esses signos por meio de suma sequência lógica. Por exemplo:
O garoto está contente,
em vez de:
Contente está garoto o.
Afirmamos assim que tal combinação se trata da primeira articulação da língua.
A segunda articulação diz respeito à combinação de fonemas dentro de cada signo linguístico. Portanto, ao pronunciarmos palavras como:
/p/a/to
/r/a/t/o
/m/a/t/a
/b/a/t/a
Percebemos que uma se distingue da outra por meio de unidades fônicas, denominadas fonemas, aqui representados por traços oblíquos //. Essa diferenciação está intrinsecamente relacionada ao significado que as palavras apresentam.
Reforçando: a primeira articulação diz respeito à combinação que fazemos dos signos linguísticos, formando sequências lógicas; e a segunda faz referência à combinação que fazemos dos fonemas, que se associam a esses signos.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras