A visão é um dos cinco sentidos humanos e envolve desde a captação de estímulos luminosos pelos olhos até a sua interpretação e a formação de imagens pelo cérebro. 2r5n5s
A visão é um dos cinco sentidos responsáveis pela percepção do ambiente e está relacionada aos estímulos luminosos. A percepção de imagens envolve a entrada da luz nos olhos, a formação de um ponto focal na retina e a interpretação da imagem pelo cérebro. A visão permite a distinção de formas, cores, movimentos e profundidade. 1oq67
Alterações na estrutura ou no funcionamento do sistema visual podem comprometer essa capacidade. As doenças refratárias da visão estão relacionadas à formação do ponto focal fora da retina e podem ser corrigidas com o uso de lentes (como miopia, hipermetropia e astigmatismo). Outras condições podem afetar a visão e podem ter como causa fatores genéticos, neurológicos ou ambientais.
A visão é o sentido responsável pela captação de estímulos luminosos e pela formação de imagens no cérebro.
A luz entra no olho e a por diferentes meios transparentes que a desviam e focalizam em um ponto central da retina.
A retina contém células fotorreceptores (cones e bastonetes) que captam estímulos luminosos.
As células fotorreceptoras enviam sinais ao cérebro por meio do nervo óptico.
O cérebro interpreta os sinais do nervo óptico e produz a imagem percebida.
A visão humana é binocular e possui ponto cego.
Miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo são doenças refratárias.
As doenças refratárias podem ser corrigidas com o uso de lentes corretivas.
Doenças que afetam a visão podem ter como causa fatores genéticos, neurológicos ou ambientais.
O que é a visão? 295h38
A visão é o sentido responsável pela captação de estímulos luminosos e pela formação de imagens no cérebro. Ela ocorre quando a luz refletida pelos objetos entra nos olhos, atravessa diferentes estruturas internas e estimula células sensoriais localizadas na retina. Essas células enviam impulsos elétricos ao cérebro por meio do nervo óptico, permitindo a percepção visual do ambiente.
Como funciona a visão? 2a253g
A luz que entra no olho é desviada (refratada) por estruturas transparentes que formam um ponto focal na retina.
A visão é um processo sensorial que ocorre por meio da captação da luz refletida pelos objetos e sua interpretação pelo cérebro. A luz entra no olho e a por diferentes meios transparentes que a desviam e focalizam (como a córnea e o cristalino). A luz é então direcionada até retina, que contém células fotorreceptoras que geram sinais elétricos.
Esses estímulos são enviados ao cérebro, no qual a imagem é reconstruída com base nas informações recebidas. O cérebro interpreta essas informações considerando contraste, profundidade, forma e movimento, permitindo reconhecer o que está sendo visto.
Características da visão 1m6m5m
A visão humana tem algumas características que tornam esse sentido sofisticado e eficiente.
Lente biconvexa flexível: o cristalino atua como uma lente natural do olho, com formato biconvexo e flexível, com a principal função de ajustar o foco da imagem (acomodação), permitindo enxergar objetos em diferentes distâncias.
Ponto focal: a luz que entra no olho é desviada por estruturas transparentes (córnea e cristalino) até convergir em um ponto focal, que deve coincidir com a retina para que a imagem seja nítida.
Imagem real, invertida e reduzida: a imagem projetada na retina é real (formada por convergência de raios de luz), invertida (de cabeça para baixo) e reduzida. O cérebro se encarrega de reverter e interpretar essa imagem corretamente.
Células fotorreceptoras: a retina contém células nervosas com função fotorreceptora que identificam os sinais luminosas. Os cones detectam cores e detalhes e fornecem imagens detalhadas e precisas em ambientes bem iluminados (visão central). Os bastonetes são responsáveis pela visão em baixa luminosidade e pela percepção de formas e movimento (visão periférica).
Visão binocular: a utilização coordenada dos dois olhos permite a percepção de profundidade (visão tridimensional) e melhor noção de distância e relevo. Cada olho capta o ambiente sob um ângulo ligeiramente diferente, gerando duas imagens semelhantes (mas não idênticas). Essas imagens enviadas simultaneamente ao cérebro compartilham uma sobreposição que permite a interpretação da profundidade.
Ponto cego: a região da retina em que o nervo óptico se conecta ao olho não tem células fotorreceptoras e não capta imagens, gerando um ponto cego. O cérebro completa essa ausência com informações baseadas no restante da imagem.
Anatomia do olho humano 4m6r2b
Anatomia do olho humano em perspectiva frontal e lateral com corte longitudinal.
O olho humano tem uma série de estruturas relacionados à captação de estímulos luminosos.
Pálpebra: dobra de pele com musculatura e glândulas acima do globo ocular que protege o olho contra corpos estranhos, distribui as lágrimas e ajuda na lubrificação da córnea.
Esclera: camada externa opaca e resistente do olho, coloração branca, composta por tecido conjuntivo que mantém a forma e protege o globo ocular.
Íris: estrutura circular pigmentada entre a córnea e o cristalino que controla a quantidade de luz que entra no olho ajustando o diâmetro da pupila.
Pupila: abertura central da íris que permite a entrada de luz no olho, cujo diâmetro varia de acordo com a intensidade luminosa.
Ducto lacrimal: canal que conecta o olho à cavidade nasal e drena o excesso de lágrimas da superfície ocular para o nariz.
Carúncula lacrimal: pequena elevação rosada no canto interno do olho que contém glândulas que produzem secreções que atuam na lubrificação do olho.
Córnea: parte transparente e curva na frente do olho sem vasos sanguíneos. Sua função está relacionada à proteção do olho e à refração da luz.
Cristalino: lente flexível biconvexa e transparente localizada atrás da íris que ajusta o foco da visão por meio da acomodação e que permite a imagem clara de objetos a diferentes distâncias.
Câmara anterior: espaço entre a córnea e a íris preenchido por humor aquoso que mantém a pressão intraocular e nutre estruturas avasculares como a córnea e o cristalino.
Câmara posterior: espaço entre a íris e o cristalino que contém humor aquoso que circula para a câmara anterior, contribuindo para a nutrição e pressão ocular.
Ligamento suspensório: conecta o cristalino ao corpo ciliar, que mantém o cristalino adequadamente posicionado e transmite as forças do músculo ciliar para ajustar o foco visual.
Músculo ciliado: músculo circular ligado ao cristalino que altera a forma desta estrutura durante a acomodação visual.
Corpo vítreo: substância gelatinosa e transparente que preenche o interior do globo ocular e que mantém o formato do olho. Contribui para a pressão interna e permite a agem da luz até a retina.
Nervo óptico: conjunto de fibras nervosas que sai da retina em direção ao cérebro que transmite os impulsos elétricos gerados na retina até o córtex visual, em que são interpretados como imagem.
Músculo reto lateral: músculo de movimentação do olho localizado na lateral externa do globo ocular que move o olho no sentido aposto ao nariz (abdução).
Músculo reto médio: músculo de movimentação do olho localizado na lateral interna do globo ocular que move o olho em direção ao nariz (adução).
Coroide: camada vascular entre a esclera e a retina que fornece nutrientes e oxigênio à retina e que contribui na absorção da luz para evitar reflexos internos.
Irrigação sanguínea: rede de vasos sanguíneos presentes principalmente na coroide e na retina que garante oxigenação e nutrição às células do olho.
Retina: camada mais interna do olho composta por células nervosas fotorreceptoras (cones e bastonetes) que capta estímulos luminosos e os converte em sinais elétricos que serão enviados ao cérebro pelo nervo óptico.
Fóvea central: pequena depressão na região central da retina (mácula) rica em células nervosas fotorreceptoras do tipo cone que é responsável pela visão de detalhes e cores (região de maior acuidade visual).
Canal hialoide: canal estreito que atravessa o corpo vítreo que nutre os tecidos durante o desenvolvimento embrionário e após o nascimento se torna um remanescente.
Miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo são doenças refratárias da visão relacionadas à formação do ponto focal fora da retina.
Algumas condições podem modificar a forma do cristalino ou o comprimento do globo ocular de forma a fazer com que o ponto focal não se forme na retina de maneira adequada. Isso provoca visão desfocada e embaçada. As doenças relacionadas ao deslocamento do ponto focal são chamadas de doenças refratárias da visão, pois se originam de variações da trajetória da refração da luz dentro do olho.
Miopia: é uma condição em que a visão de perto é relativamente nítida, mas objetos distantes não são vistos claramente. Devido a um globo ocular mais alongado ou a uma curvatura acentuada da córnea, o foco da luz ocorre antes do ponto focal adequado, resultando em visão embaçada para longe. Como a imagem se forma antes da retina, a correção é feita com lentes divergentes, que afastam os raios de luz antes que eles entrem no olho, deslocando a formação do foco para a retina.
Hipermetropia: é uma condição em que a visão de longe é relativamente nítida, mas objetos próximos não são vistos claramente. Devido a um globo ocular mais curto ou a curvatura da córnea muito plana, o foco da luz ocorre após a retina, para além do ponto adequado. A correção é feita com lentes convergentes, que aproximam os raios luminosos e permitem que o foco se forme na retina.
Astigmatismo: é caracterizado pela visão distorcida ou embaçada em todas as distâncias. Devido a uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino, a luz que entra no olho se dispersa em vários focos. A ausência de um único ponto focal gera imagens borradas, duplicadas ou distorcidas. A correção é feita com lentes cilíndricas, que compensam a irregularidade na refração da luz.
Presbiopia: também conhecida como “vista cansada”, é uma condição que ocorre naturalmente com o envelhecimento. A perda de elasticidade do cristalino se manifesta geralmente após os 40 anos e dificulta a acomodação visual. Afeta principalmente a visão de objetos próximos, mas pode comprometer a nitidez em diferentes distâncias. A correção pode ser lentes multifocais (ou progressivas), que têm áreas específicas de correção para diferentes distâncias.
Doenças que podem afetar a visão 1u6h3i
Existem doenças que podem afetar a visão e que não estão relacionadas a problemas de refração da luz.
Catarata: é caracterizada pela opacificação progressiva do cristalino, dificultando a agem da luz e tornando a visão turva, embaçada ou sensível à luz. É comum em idosos, mas também pode estar associada a diabetes ou ao uso prolongado de medicamentos. O tratamento é cirúrgico, com a substituição do cristalino por uma lente artificial.
Glaucoma: é causado pelo aumento da pressão intraocular e pode danificar o nervo óptico. Afeta inicialmente a visão periférica e, sem tratamento, pode levar à cegueira irreversível. O controle da pressão ocular é feito com colírios, medicamentos ou cirurgia.
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): é caracterizada pela perda progressiva da visão central causada por degeneração da região da mácula. Ocorre geralmente após os 60 anos e o tratamento envolve injeções intraoculares, terapia fotodinâmica e suplementação de vitaminas, sais minerais e antioxidantes.
Retinopatia diabética: condição relacionada a complicações advindas do diabetes que danifica os vasos sanguíneos da retina. A progressão é silenciosa e está associada ao controle inadequado da glicemia. Pode causar manchas na visão, embaçamento e pode levar à cegueira. O tratamento exige o controle do diabetes e pode envolver aplicação de laser, injeções ou cirurgia.
Descolamento de retina: condição que ocorre quando a retina se desprende da parede interna do olho, interrompendo o fornecimento de oxigênio e nutrientes. Os sintomas incluem flashes de luz, sombra no campo visual ou perda súbita da visão. É uma emergência médica e exige cirurgia imediata.
Conjuntivite: é caracterizada pela inflamação das membranas que revestem o globo ocular, como a esclera. Pode ser causada por infecções por vírus ou bactérias ou por reações do sistema imunológica, como alergias. Os sintomas nos olhos são vermelhidão, secreção, coceira e podem incluir visão embaçada. O tratamento depende da investigação das causas e pode envolver colírios antibióticos, antivirais ou antialérgicos.
Ceratite: é caracterizada pela inflamação da córnea e está geralmente associada a infecções causadas pelo uso inadequado de lentes de contato. Os sintomas incluem dor ocular, vermelhidão, fotofobia e visão turva, e o tratamento envolve colírios antimicrobianos específicos.
Estrabismo: é uma condição em que os olhos se encontram desalinhados devido a problemas nos músculos oculares, lesões neurológicas ou fatores genéticos. Pode causar visão dupla e dificuldade de percepção de profundidade. O estrabismo na infância pode levar ao desenvolvimento de ambliopia, condição na qual o cérebro a a ignorar as informações recebidas pelo olho desalinhado. O tratamento varia de acordo com a causa e pode incluir óculos, exercícios oculares, uso de tampão ou cirurgia para alinhamento dos músculos dos olhos.
Exercícios resolvidos sobre visão c3n66
Questão 1
(Comvest - Unicamp) As cirurgias corretivas a laser para a visão estão cada vez mais eficientes. A técnica corretiva mais moderna é baseada na extração de um pequeno filamento da córnea, modificando a sua curvatura. No caso de uma cirurgia para correção de miopia, o procedimento é feito para deixar a córnea mais plana. Assinale a alternativa que explica corretamente o processo de correção da miopia.
A) Na miopia, a imagem do ponto remoto se forma antes da retina e a cirurgia visa a aumentar a distância focal da lente efetiva do olho.
B) Na miopia, a imagem do ponto remoto se forma depois da retina e a cirurgia visa a aumentar a distância focal da lente efetiva do olho.
C) Na miopia, a imagem do ponto remoto se forma depois da retina e a cirurgia visa a diminuir a distância focal da lente efetiva do olho.
D) Na miopia, a imagem do ponto remoto se forma antes da retina e a cirurgia visa a diminuir a distância focal da lente efetiva do olho.
Resolução:
Alternativa A.
Na miopia o ponto focal ocorre antes da retina, resultando em uma visão embaçada de objetos distantes. Para a correção são utilizados métodos que aumentam a distância focal, fazendo com que o foco ocorra sobre a retina e não antes dela.
Questão 2
(PUC) A miopia se configura como um distúrbio visual muito frequente nas populações humanas. Sobre esse distúrbio, é correto afirmar:
A) Indivíduos míopes têm dificuldade de enxergar de longe, pois a imagem se forma antes da retina.
B) A miopia tem herança ligada ao sexo, já que sua incidência em homens é maior do que em mulheres.
C) A miopia pode ser revertida a partir de uma intervenção cirúrgica no nervo óptico.
D) Indivíduos que têm miopia podem desenvolver também hipermetropia.
E) Indivíduos míopes têm tendência a desenvolver conjuntivite.
Resolução:
Alternativa A.
A miopia está relaciona à dificuldade de enxergar com nitidez objetos distantes. Isso se deve a condições que fazem com que a ocorrência do ponto focal se dê antes da retina. A correção da miopia pode ser feita com lentes corretivas divergentes ou cirurgia de aplanamento da córnea. Por ser uma doença refratária da visão, intervenções no nervo óptico não estão ligadas à correção da miopia.
Fontes
BUENO, ABC. Óptica e a visão humana. Trabalho de Conclusão de Curso. Licenciatura em Física. Instituto de Geociências e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus de Rio Claro. 60f. Rio Claro – SP, 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Principais doenças oculares. 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/doencas-oculares/principais-doencas-oculares. o em 22 de maio de 2025.
URRY, LA et al. (org.). Biologia de Campbell. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022.