A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça distinguida pela presença de uma dor unilateral e pulsátil intensa que pode persistir por horas ou até mesmo dias. Essa condição afeta milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente jovens e mulheres. Além da dor de cabeça em si, outros sintomas frequentemente associados incluem náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. A enxaqueca pode ser debilitante, impactando negativamente a qualidade de vida, a produtividade e o bem-estar emocional. 2g57f
As causas da enxaqueca não são completamente compreendidas, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais influenciam a ocorrência de crises. Estresse, privação de sono, determinados alimentos e alterações hormonais são considerados gatilhos que podem desencadear episódios de enxaqueca. Embora não exista uma cura para a condição, é possível istrar seus sintomas com medicamentos para alívio da dor e mudanças de estilo de vida. Em casos graves, médicos podem prescrever tratamentos preventivos.
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A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é uma doença neurológica caracterizada principalmente por uma dor pulsátil e unilateral que persiste por horas ou até mesmo dias. Ela se enquadra entre os mais de 150 tipos de dores de cabeça existentes e é classificada como uma dor de cabeça primária, o que significa que não é um sintoma de outra condição de saúde.
A enxaqueca é reconhecida como a sexta doença mais incapacitante no mundo. Embora possa se manifestar em qualquer faixa etária, é mais comum em adolescentes e jovens adultos. Essa condição afeta aproximadamente três vezes mais mulheres do que homens e possui uma base genética, uma vez que mais de 80% das pessoas que sofrem com enxaqueca têm familiares com o mesmo distúrbio.
As causas da enxaqueca não são totalmente compreendidas. Sabe-se que a dor de cabeça ocorre devido ao envio de sinais de dor ao cérebro por meio de nervos específicos nos vasos sanguíneos, resultando na liberação de substâncias inflamatórias nos nervos e vasos sanguíneos da cabeça. No entanto, é sabido que uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada por diversos fatores, tais como:
A aura é um conjunto de sintomas sensoriais, motores e de fala que atuam como um sinal de alerta, indicando a iminência de uma enxaqueca. Geralmente, ela precede o surgimento da dor de cabeça (às vezes, levando as pessoas a confundi-la com sintomas de convulsões ou acidente vascular cerebral), mas também pode ocorrer durante ou após a enxaqueca. Aproximadamente 15% das pessoas que sofrem de enxaqueca experimentam a aura, que pode durar de 10 a 60 minutos. Os principais sintomas da aura incluem:
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Os sintomas gerais da enxaqueca são:
Algumas pessoas apresentam quatro fases características da enxaqueca, nas quais é possível organizar os sintomas típicos dessa condição em cada uma. As fases são:
Existem vários tipos de enxaquecas, classificados principalmente de acordo com sua duração, recorrência e a presença de aura:
O diagnóstico é principalmente baseado na coleta do histórico familiar e nos sintomas relatados pelo paciente. Portanto, é importante que a pessoa afetada por enxaquecas preste atenção à recorrência, localização e intensidade das dores, bem como a quais situações podem desencadear a dor. Além da avaliação clínica, o médico pode solicitar exames de sangue e de imagem para descartar outras possíveis causas para a dor de cabeça.
O especialista mais indicado para identificar e tratar esse distúrbio é o neurologista, especialmente aqueles com experiência em cefaleias.
O tratamento da enxaqueca é estabelecido com base nas características da dor e na frequência das crises. A enxaqueca é uma doença crônica, o que significa que não possui cura, mas pode ser controlada. Portanto, o tratamento tem como objetivo reduzir os sintomas e evitar a ocorrência de novas crises.
Existem dois tipos de abordagens com medicamentos: a abordagem abortiva e a abordagem preventiva. A abordagem abortiva envolve o uso de medicamentos no primeiro sinal de enxaqueca, com o objetivo de interrompê-la ou aliviar os sintomas. É importante ressaltar que o uso frequente de alguns medicamentos para alívio da dor pode resultar em um efeito rebote, agravando os sintomas.
A abordagem preventiva consiste em medicamentos que são tomados regularmente para ajudar a prevenir o início das crises. Geralmente, esses medicamentos são prescritos quando as dores são intensas, recorrentes e interferem significativamente nas atividades normais do paciente.
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Algumas medidas que podem ajudar a diminuir a recorrência de crises de enxaqueca são:
As enxaquecas não causam danos cerebrais. Há um pequeno risco de acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas que sofrem de enxaqueca com aura, principalmente se fumantes e usuárias de pílulas anticoncepcionais.
Fontes
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Fonte: Brasil Escola - /saude-na-escola/enxaqueca.htm